terça-feira, 14 de abril de 2015

Credibilidade e realidade, até onde vai a influência da mídia


Por Walley Rodrigues

Credibilidade e realidade, até onde vai a influência da mídia

A pessoa que escolhe ser jornalista, de cara acaba escolhendo isto, como uma maneira de interferir no mundo e fazê-lo melhor. Desde o princípio da formação acadêmica, aprende-se que os principais pilares do jornalismo são a verdade e o interesse público. E sua base primacial é informar, apurar, ouvir e ser imparcial sempre.

Infelizmente todo este preceito é muito diferente da realidade; seus pilares são desenvolvidos pelo lucro e a manutenção de poder. Pois seus veículos são usados como ferramentas.
A empresa (veículo de comunicação) necessita de lucro para sua continuidade, e a principal receita desses veículos vem de anunciantes. E este mercado vem crescendo acelerado nos últimos anos.
Muita das vezes a mídia encobre a sordidez das empresas, justamente por elas darem um grande rendimento ao veículo de comunicação que a mesma está utilizando. Podemos certificar, que há um ´´filtro`` dentro do jornalismo devido aos anunciantes. Esta é a principal fraqueza dos veículos de comunicação do Brasil que lesa a comunicação e a veracidade da informação no país.

Vivemos em um país onde a quase totalidade dos meios de comunicação: TV, rádio, jornais e revistas com maiores tiragens defendem um mesmo ponto de vista; possuem mesmas ideias sobre a economia e a sociedade correta e mesma solução sobre qualquer assunto de interesse da nação.

No Brasil o controle das informações pode-se justificar pelo motivo desses dados, onde 271 políticos brasileiros são donos ou diretores de 324 veículos de comunicação em todo o território nacional, já que é proibido pela Constituição Federal no artigo 54 onde não poderia ser mais claro: é proibido a todo e qualquer ocupante de cargo eletivo ser diretor ou proprietário de canais de comunicação, como jornais impressos, rádios e TV. Mesmo assim, vemos exemplos dessas ´´defraudações`` no nordeste do país onde mais de duas filiais da Rede Globo, veículo de comunicação mais influente do país,onde deputados, governadores e senadores de Estado são têm como proprietários dos principais veículos de comunicação do Estado.

Este cenário vem mudando nos últimos anos com o surgimento do meio digital, que trouxe profundas mudanças na comunicação de um meio que tem capacidade de suporte e armazenamento de dados nunca antes visto.

A internet, a popularização dos aparelhos eletrônicos pessoais e o domínio das redes sociais, permitem que o espectador encontre conteúdos e informações dos mais sortidos assuntos e a apuração de inúmeras informações.
O Brasil passou pelos últimos 12 anos uma constante variação, foi um período onde mais se conseguiu conteúdo independente, como os protestos de 2013, a copa do mundo em 2014, as eleições presidenciais, a crise hídrica, entre outras, e a rede contribuiu e muito para que as informações não fossem adulteradas.

Como foi dito na palestra ministrada pelo jornalista Bruno Figueiredo, podemos afirmar que o perfil das pessoas mudou muito nos últimos anos, e que a rede nos proporciona fazer um jornalismo de verdade não de mercado.

Texto: Walley Rodrigues

2 comentários:

  1. Parabens Walley, o blog ficou mt legal, e parabens pelo texto tambem, mt bem redigido e com otimas observações e criticas, mt sucesso sempre e quero te ver brilhar cada dia mais e mais...
    bjus da Dila

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    1. Paula, fico muito grato pelos teus elogios.
      Muito obrigado minha amiga. beijos

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